segunda-feira, 23 de março de 2009

Kodak nº 1


Em 1888 a Eastman Co. lança a máquina Kodak nº 1 que era um aparelho simples, de formato paralelepipédico, com foco e tempo de exposição fixos.
A máquina foi lançada no mercado americano, e em pouco tempo, a sua extraordinária facilidade de utilização alargou consideravelmente o conjunto de praticantes da arte fotográfica. Os negativos em vidro, nada maleáveis e de natureza individual, davam o seu lugar, pela primeira vez, a um rolo flexível, sensível à luz, no qual era possível registrar uma centena de negativos. Depois de captadas as imagens, o aparelho era enviado para o fabricante, e este, depois de processar a película e imprimir as provas em papel, devolvia-o ao seu proprietário, acompanhado pelas desejadas fotografias e devidamente guarnecido com um novo rolo.

Great Boston Fire

Uma cidade em ruínas após o grande incêndio de

novembro de 1872. Foi o maior incêndio urbano e ainda uma das mais onerosas perdas relacionadas com a propriedade da história americana. O incêndio teve início por volta das 7 horas da manhã na cave de um entreposto comercial em 83-87 Summer Street, em Boston, Massachusetts. O incêndio foi contido finalmente doze horas mais tarde, depois de ter consumido cerca de 65 acres (263.000 m²) da cidade de Boston, 776 edifícios, e grande parte do distrito financeiro e causou $ 73,5 milhões em danos.

Para substituir o vidro surge o celulóide que havia sido inventado desde 1861, por Alexander Parkes, mas só em 1888, o fotógrafo inglês John Carbutt conseguiu convencer um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber emulsão de gelatina, e em 1889, a empresa Eastman Co. começou a produzir uma película emulsionada em rolo, que era feita de nitrato de celulose, o que faz com que a material seja mais fino e transparente, posteriormente, a mesma empresa lança a máquina Kodak nº 1 que era um aparelho simples, de formato paralelepipédico, com foco e tempo de exposição fixos.


Placas de Celulóide - ruínas do Incêndio, 1872


Abraham Lincoln, 1865



























O inconveniente de todos os processos por colódio era a utilização obrigatória de placas úmidas. Idealizou-se várias maneiras de conservar o colódio em estado pegajoso e sensível durante dias e semanas, de forma que toda a manipulação química pudesse ser realizada no laboratório do fotógrafo em sua casa, mas logo apareceu o processo seco que substituiu o colódio rapidamente: a gelatina.
Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Até que em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio, que podiam ser fabricadas em quantidade industrial.
John Burgess aperfeiçoou e acelerou o processo seco que era 180 vezes mais lenta que o processo úmido, além das placas serem pesadas e frágeis, e sua substituição na câmera era demorada.



Emulsão de gelatina e placa de vidro

domingo, 22 de março de 2009

American Civil War


Ferrotipia – Guerra Civil Americana, 1861. Fotógrafo desconhecido

Soldados Voluntários da Companhia G71 em New York, no primeiro ano da Guerra Civil Americana. Arquivo da Library of Congress (Biblioteca do Congresso).
A ferrotipia também foi criada em 1853, mas veio para solucionar o problema da ambrotipia, que não permitia cópias, mas só uma única impressão da imagem captada. O ferrótipo era seguro sobre placa de metal exposta na câmera, sendo que o metal era ferro em vez de cobre, laqueado com um verniz japonês preto em vez de coberto com prata. Como as placas de vidro do ambrótipo, a placa do ferrótipo era sensibilizada com colódio antes da exposição da câmera.
Assim, a fotografia acabada em menos tempo e a folha de metal era ainda mais barata e mais rápida, e, por isso, alcançou uma grande popularidade. A ferrotipia permitia ao fotógrafo fazer uma impressão da imagem e cópias da mesma.

Washington, 1860

Colódio - Monumento de Washington, 1860. Foto de Mathew Brady.



O Monumento a Washington ou Monumento de Washington é um obelisco localizado no centro do National Mall, em Washington, DC, Estados Unidos. Foi construído como um memorial a George Washington, entre 1848 a 1888. Possui 169,7 metros de altura e é a estrutura mais alta da cidade. Quando inaugurada, tornou-se a mais alta estrutura construída pelo homem, até 1889, quando a Torre Eiffel foi inaugurada.

O fotógrafo inglês Frederick Scott Archer inventou, em 1851, a emulsão de colódio úmida. O processo consistia numa solução de piroxilina em éter eálcool, adicionada com um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio,



Será ele?


Talbótipo - Provavelmente o fotógrafo Francis Frith.


Homem barbudo, vestindo um cafetã com turbante é, provavelmente o fotógrafo: Francis Frith. Talbótipo foi impresso por Nicolaas Henneman, ajudante de William Henry Fox Talbot (1800-1877), fotógrafo inglês nascido em Melbury Abbas, Dorset, inventor do negativo fotográfico. Diante de um anúncio (1839) em que Daguerre anunciava o desenvolvimento do seu processo fotográfico, o inglês escreveu a Arago que tinha promovido a invenção de Daguerre, que era ele e não o francês que tinha inventado o processo fotográfico, porém ele desconhecia que seu processo era completamente diferente. Ele patenteou sua invenção (1841) aplicada à Inglaterra e Gales, mas não estendeu a patente para a Escócia. Começou a produzir um livro intitulado The Pencil of Nature (1844), o primeiro livro comercial em ser ilustrado com fotografias como as atuais. Para produzir estas impressões, ele montou com seu empregado Henneman o Reading Establishment, um estúdio de processo fotográfico que durou quatro anos. Este primeiro livro ilustrado com fotografias era composto de fotos da família e criados. Morreu em Lacock Abbey, próximo de Chippenham, Wiltshire, England.


O daguerreótipo cumpria o seu papel de captar imagens e causar ilusão de realidade, mas não permitia cópia das imagens coletadas. Por volta dos anos 40 do século XIX, o fotógrafo inglês William Henry Fox-Talbot desenvolveu um sistema para reprodução infindável de uma imagem fotográfica a partir da chapa exposta - o negativo. O calótipo ou talbótipo é um método fotográfico, baseado num papel sensibilizado com nitrato de prata e ácido gálico que após ser exposto à luz era posteriormente revelado com ambas substâncias químicas e fixado. Este procedimento é muito parecido ao da revelação fotográfica regular, dado que produzia uma imagem em negativo que podia ser posteriormente positivada tantas vezes como necessário.

Templo de Karnak


Albumina - Pórtico em ruínas do Templo de Karnak - Egito, por volta de1858. Foto de Francis Frith.

A grande pirâmide e a esfinge


Egito, 1857. Foto de Francis Frith

Provas arqueológicas


Egito, 1857. Foto de Francis Frith


A foto acima foi tirada por Francis Frith, em 1857. O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro "Sinai Photographed" em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o Êxodo. Comprovando a veracidade da famosa passagem bíblica.


Quando Francis Frith (1822-1898) capturou o ambiente exótico das terras do Oriente Médio em sua célebre Albumen Printing, a viagem se tornou um dos temas centrais da fotografia. Se o retrato era procurado como uma forma de manter e lembrar os rostos dos entes queridos (ou simplesmente perderam juventude), fotos de viagens eram artefatos que espanta os cidadãos cosmopolitas dos centros mundiais da arte fotográfica, como Londres e Paris.

Retratro das Princesas


Ambrotipia - Dona Leopoldina e Dona Isabel - São Paulo, 1855. Foto de Joaquim Insley PachecoFundação Maria Luisa e Oscar Americano


Criado em 1853, o ambrótipo era o método mais rápido e mais barato para substituir o colódio. O processo empregava negativos de vidro de colódio úmido, subexpostos e montados sobre fundo negro para produzir o efeito visual de positivos. Concebido pelo mesmo inventor do processo de colódio úmido, o inglês Archer, em parceira por Peter W. Fry, sendo mais tarde aperfeiçoado por James Ambrose Cutting. Todavia o esse positivo direto permitia uma única impressão, ou seja, não permitia cópia.

Placas de albumina


Lisboa, Rua do Porto, 1854. Fotografia de Hugh Owen
no Álbum de John Wheeley Gough Gutch. Victoria and Alberto Museum

A partir da segunda metade de século XIX as pesquisas em fotografia buscavam desenvolver técnicas que permitissem a reprodução em série das fotografias, como as placas úmidas que foram descobertas por volta de 1847, mas foi em 1851 que o uso de albumina veio a público. O tempo de exposição necessário para a captura da imagem caiu de trinta para quinze minutos, e ganhava-se mais precisão nos detalhes, todavia, as placas de albumina eram muito sensíveis e exigia que a revelação fosse imediatamente após a exposição.

O fotógrafo inglês Frederick Scott Archer inventou, em 1851, a emulsão de colódio úmida. O processo consistia numa solução de piroxilina em éter e álcool, adicionada com um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa eraexposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio.

Daguerreótipo



Sexta-chapa daguerreótipo - Menino e menina desconhecidos por volta de1850, fotógrafo desconhecido.


A fotografia nasceu no início do século XIX com as experiências de Niépce e Daguerre. Daguerre, trabalhava numa espécie de teatro para a exibição de panoramas com efeitos de luz variáveis e pinturas, conhecido como diorama; para dar um efeito visual melhor e uma ilusão de realidade, Daguerre projetou o daguerreotipo, uma caixa preta, onde era colocada uma chapa de cobre prateada e polida que, submetida a vapores de iodo, formava sobre si uma camada de iodeto de prata sensível à luz.